20.Julho.2012.quinta-feira – décimo oitavo dia – Puno(PE) – O km.

Hoje, naveguei no lago mais alto do mundo, o Titicaca. Ele fica a mais de3800 metros acima do nível do mar e é o lago navegável mais alto do mundo. Amaior parte dele se encontra em território peruano, mas há também uma parte quepertence à Bolívia. A guia nos pegou no hotel às 7h10. Repentinamente, nossosamigos Lênin e Marcelo, devido a problemas pessoais, resolveram sair do hotelmais cedo e tocar a viagem mais rapidamente, pois deveriam chegar a Uberabaantes de nós, Sanches e eu, que temos mais tempo disponível para fazer estaviagem. Despedimo-nos rapidamente e o Sanches, diante desse fato, resolveu afazer a viagem de dia inteiro pelo Titicaca. Tudo correu às mil maravilhas. Obarco é vagaroso e dá um sono danado no seu ritmo lento e cadenciado. O frioestava bem forte. A primeira parada foi nas famosos Ilhas Uros. Sãoartificiais, criadas pelos nativos. São feitas de arbustos que retiram do lagoe elas flutuam. Fazem suas casas do mesmo material. São ilhas bem pequenas decerca de 3Km quadrados. A visitação durou 1h. Ali, os nativos nos mostraramcomo constroem as ilhas. Depois fomos conhecer suas casas. Então, há um passeiode barco em volta da ilha por 10 soles. É um passeio bem pequeno, masrecomendo. Se tá na chuva, é para se molhar. 10 soles é muito pouco e, mesmosimples, a volta no barco rústico, mas bem construído por eles, é umaexperiência única, ou seja, somente ali, em todo o mundo se pode fazer essepasseio. Assim, por que não fazê-lo. Fi-lo. E gostei. E recomendo. Depois daapresentação da presidenta da comunidade, Maria Luísa, nosso guia pediu quecada um dissesse seu nome e país de origem. Havia muitos franceses, belgas,norte americanos e uma brasileira, além de nós, de nome Lívia. É claro queficamos amigos. Foi mais um amigo brasileiro que fizemos nessa viagem. Esse foium aspecto muitíssimo legal que constatamos nessa viagem: cada vez maisbrasileiros viajam pela América do Sul, descobrindo esse continentemaravilhoso. Antes de irmos para Europa, Estados Unidos, etc., deveríamosconhecer nossos irmãos latinos que ficam aqui ao lado. Há inúmeras atrações epara todos os gostos: campings, mergulho, museus, arte, literatura, etc. Nocaso do Peru, chamou-me a atenção o fato de a cultura inca ser muito maisdesenvolvida que a grega. Há 10 mil anos, os gregos estavam ainda em tribosmedíocres, enquanto os quéchuas já dominavam o pastoreio e a agricultura. Opovo quéchua é impressionante. Deveríamos conhecer muito mais. Nessa viagemconhecemos um pouco. Só um pouco. Com certeza, voltarei aqui com minha esposa.Ficaremos, pelo menos, uma semana em Cusco. Depois dessa visitação de 1h, fomosaté uma ilha natural que se chama Taquile. Dali em diante, teríamos a companhiaagradabilíssima de nossa velha-nova amiga campineira Lívia. Na ilha Taquile,após subir escadas, muitas escadas, tivemos um almoço bem legal. Almocei umatruta. Muito saborosa, acompanhada de uma cusqueña. Demos uma volta pela praçacentral, observando as lojinhas que são bem pobrinhas em ofertas. Dali,seguimos novamente para o barco de volta. Como já disse, o barco é muito lentoe, depois do almoço, aquele ritmo cadenciado e vagaroso trouxe um soninho bom. Quandochegamos a Puno, voltamos para o hotel e coloquei o óleo novo na moto. Desdeontem, o óleo velho ficou escorrendo. Então a troca foi bem feita. Ainda bemque é bem fácil fazer a troca do óleo na GS800. Esse fato faz com que aproveitemosbem o tempo. Em relação à moto do Sanches, resolvemos que trocaríamos o óleo nacidade de Arica. Fica mais prático e barato não termos de procurar um mecânicopara isso. À noite, saímos para o centro da cidade para jantar. Encontramosnossa amiga Lívia e, Sanches e eu comemos uma pizza (pra variar J) e tomamos algumas cusquenãs. A Líviafoi de macarrão. Depois nos depedimos de nossa amiga e voltamos ao hotel. Nooutro dia, Lívia pegaria um busão até Cusco. Nós iríamos para Arica.