Oziris Borges Oziris Borges

viagens

PATAGÔNIA
Periodo: 2/1/2012 a 29/1/2012

Nesta viagem fui até a cidade mais ao sul do planeta, Ushuaia. Conheci várias regiões da Patagônia tanto argentina quanto chilena.

DIÁRIO DE BORDO

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14/1/2012

14.jan.2012, sábado – décimo segundo dia – 434,6Km - de Ushuaia(AR) a Cerro Sombrero(CL) –  6.613,4Km rodados desde Ribeirão-Preto. Das 8h às 17h30, 8h30 de pilotagem. Gastamos mais de 1h na aduana chilena.

 

            Hoje o dia foi bem típico, quase sem nenhuma novidade: levantar, arrumar as tralhas, tomar café, lubrificar a corrente da moto e seguir viagem. Acordamos às 6h30 e saímos às 8h. Chegamos a Cerro Sombrero às 17h30 mais ou menos. Na saída, começou a chover, mas uma chuvinha bem fraquinha e o frio estava forte. Coloquei o protetor de mão e aliviou bastante, mas ainda sim minhas mãos estavam frias. Então coloquei as luvas x-power e aí resolveu o problema praticamente. 80% do frio diminuiu, no mínimo. Fico pensando se esse tanto de parafernália: protetor disso e daquilo, roupa disso e daquilo, não tira a característica básica de pilotar moto. Afinal, quem quer conforto, compre um carro ou viaje no que você já tem. Por outro lado, vejo que essa vontade de manter a pureza das viagens de moto não tem nada a ver. Afinal, qual o problema das melhorias? O importante é o vento na cara e as duas rodas, manu véio. Na aduana chilena foi um pouco complicado. A fila estava enorme, lembrando aquelas filas gigantescas nos anos 80 nos bancos brasileiros no dia de pagamento. A fila saía para fora dos bancos e virava a esquina às vezes. Gastaríamos, no mínimo, 3h na aduana. Mas o Jarek viu um grupo de alemães que estão viajando com suporte de uma empresa chilena. Foi lá conversar e deu um migué de nos colocar na fila. Ou seja, fomos uns furões. No entanto, ocorreu um lance que, se não diminui o vandalismo de nosso ato, pelo menos, anula o prejuízo para as outras pessoas que estavam na fila. Um dos organizadores chilenos conseguiu “dar um jeitinho” de passar os alemães na frente, dizendo que eles tinham que pegar um avião e tals. Quem achava que jeitinho só existisse no Brasil está completamente errado. O fato é que os 5 alemães saíram da fila e nós ficamos. Depois da papelada, seguimos para Cerro Sombrero. No entanto, o vento lateral e frontal fez minha moto consumir mais que o de costume. Como estava viajando com o Jarek, não me importei, pois se acontecesse algo, eu poderia contar com ele. E não é que aconteceu?! Assim que cheguei numa placa que dizia “Cerro Sombrero – 10Km” minha gasolina acabou e fiquei parado. O Jarek notou e voltou. Tentamos tirar gasolina da moto dele, uma GS 1150, mas não conseguimos, pois também havia pouco combustível. A solução era ele ir até o posto da cidade e trazer gasolina. E foi isso que ele fez em menos de 20min. Estranhei a rapidez e ele me esclareceu que o posto estava a uns 5Km. E, realmente, a placa estava errada. Até o posto rodamos apenas 5Km. Coloquei a gasolina e seguimos para o hotel Tunkelen em Cerro Sombrero, o mesmo em que ficamos na ida até Ushuaia. Desta vez, o hotel estava vazio e ficamos num quarto melhor. Vale lembrar que nesse trajeto entre as aduanas argentina, chilena e Cerro Sombrero não há nenhum posto de combustível. Então, tem de ficar esperto. Ou leva gasolina extra ou viaja mais devagar para economizar o combustível. Eu viajei com tudo que tinha, pois estava acompanhado. Caso contrário, teria vindo a 60Km/h o que daria para ter chegado em Cerro Sombrero com traquilidade. A força do vento aumenta, e muito, o consumo de combustível. Cuidado!